Brasil  é  um  dos  países  que  mais  conquistam  medalha  na  competição  mundial

Aline Marinho

 

Foto:  FramePhoto - Folhapress
Foto: FramePhoto – Folhapress

O Brasil está prestes a receber um dos eventos esportivos mais fantásticos do mundo: a Paralímpiadas Rio 2016. O evento, que ocorre desde 1960 – em sua primeira edição em Roma – reúne paratletas do mundo inteiro para disputa de medalhas.

Esse ano os esportistas competirão em 23 modalidades. São 176 países para disputar 528 provas durante os onze dias do evento.

Os paratletas brasileiros, que conquistaram 43 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Londres – 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze – buscam as primeiras colocações no quadro geral.

 Nomes de ouro

O Brasil se destaca em várias modalidades esportivas dos Jogos Paraolímpicos, mas a natação é a que mais tem rendido bons resultados para o país.

Daniel Dias, que ganhou seis ouros nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, será um dos destaques nas piscinas do Rio de Janeiro. Outro nome importante na modalidade é o de André Brasil, que há quatro anos ganhou três medalhas de ouro e duas de prata.

No Estádio Olímpico, onde são disputadas as provas de atletismo, Teresinha Guilhermina, que ganhou dois ouros em Londres, volta para as pistas na disputa por mais medalhas. A dupla de velocistas Petrucio Ferreira e Yohansson Nascimento, que disputam os 200 metros e o recordista mundial nos 400 metros, Daniel Tavares são outros nomes que também podem brilhar no lugar mais alto do pódio durante os Jogos Paralímpicos.

O futebol não poderia ficar de fora. Na versão da modalidade para deficientes visuais, o Brasil é tricampeão paralímpico. Jogando em casa, a equipe brasileira buscará o tetracampeonato.

 Visibilidade e respeito

Embora o Brasil seja uma potência mundial nas Paralimpíadas, a visibilidade dos paratletas e das modalidades esportivas ainda são muito baixas. Isso porque os Jogos, apesar de serem divulgados, não são televisionados com a mesma grandeza que o Jogos Olímpicos – que é visto por milhares de pessoas ao redor do mundo.

Isso afeta diretamente o retorno positivo que os paratletas poderiam ter, não só de patrocinadores, mas da própria torcida brasileira. O reconhecimento é baixo para pessoas que merecem todos os holofotes do mundo pela garra, dedicação, condicionamento, vontade e vitória.

Porém, mesmo sem grande apoio, os paratletas mostram, da maneira mais singela, o quão vitoriosos são. Seja na pista, na quadra ou na piscina, brasileiros e brasileiras conquistam, cada vez mais, a própria superação para mostrar que são gigantes do esportes.

 Ingressos disponíveis

O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 está preocupado com o público que estará presente no evento. A Paralimpíada, que está prestes a começar, não conseguiu engatar um grande número de vendas.

Faltando apenas 12 dias para o evento, cerca de 80% dos ingressos ainda estão disponíveis. O Comitê Paralímpico iniciou nesta semana uma campanha nas redes sociais para convocar o público para participar dos jogos e prestigiar os parparatletas. O objetivo é vender pelo menos 80% dos 2,5 milhões de ingressos disponíveis.

No início da semana, uma polêmica tomou as redes sociais em torno da campanha #TodosSomosParalímpicos, com a Cléo Pires e o Paulo Vilhena, que tinha como intenção dar visibilidade aos parparatletas e aumentar o número de venda dos ingressos. Porém, ao colocar dois atores na campanha principal – ambos como se fossem deficientes físicos – gerou revolta de muitos usuários da rede.

A principal reclamação em relação a campanha foi em relação aos personagens. Se a intenção era incentivar a visibilidade, os esportistas deveriam ter sido divulgados, não atores.

Os ingressos estão a venda no site https://www.rio2016.com/. Os preços são acessíveis e custam a partir de R$ 10,00.

 

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