Organização  e  empenho  melhoram  os  resultados  dos  estudos

Aline Marinho

 

Aulas, matérias, provas, trabalhos, livro, cópias, vida pessoal e profissional. Essas são apenas algumas das preocupações que os alunos possuem – principalmente os que estão no Ensino Superior.

A graduação – meta e sonho de grande parte dos brasileiros – é muito mais que a frequência continua na sala de aula, é empenho, dedicação e superação. Para que o aluno possa sair da universidade com um grande aprendizado na bagagem, ele precisa se organizar e se preparar. A carga horária é essencial, mas no dia a dia o estudo é necessário.

Foto: Renan Monteiro
Foto: Renan Monteiro

Plano de estudos

Gabriel Cunha, professor de biologia e química e sócio-fundador do SOS Ciências, afirma que a realidade de muitos alunos, junto à carga horária e de conteúdos das disciplinas, torna praticamente inviável o aproveitamento total das aulas assistidas. “Para que o aluno consiga estudar e absorver a maior parte dos conteúdos, é obrigatória a criação de uma rotina regular de estudos que compense a dificuldade de aproveitar totalmente as aulas”, afirmou.

Segundo ele, ter um plano de estudos que revisite os assuntos de cada aula é a maneira de recuperar o baixo rendimento na classe. Além disso, é bom para fixar o conteúdo e identificar novas dúvidas – que devem ser direcionadas ao docente na aula seguinte.

O professor emérito da Universidade de Brasília Pedro Demo, afirma que o plano de estudo pode ser útil, desde que não se implique a estudar somente quando se planeja. “Estudar precisa ser a atividade central da faculdade, pois é contradição estudante que não estuda”, afirmou.

“O plano de estudo deve garantir tempo para ler, estudar, pesquisar, não como coisas de outro mundo, mas do cotidiano de quem quer ser protagonista da sociedade/economia do conhecimento”, disse o professor.

Ele também afirma que o estudante deve criar hábitos de aprendizagem. “A ideia mais condizente seria promover uma cultura de estudo, no qual estudar é oxigênio da vida na faculdade”, afirmou.

Foto: Renan Monteiro
Foto: Renan Monteiro

Método individual

A estudante de letras Larissa Souza afirma que nunca elaborou um plano de estudo, mas que segue uma linha de aprendizado que – para ela – é eficaz. “Eu nunca criei um plano específico de estudos. Sempre tive o hábito de ler, de buscar mais informações sobre as disciplinas do meu curso e questionar muito os professores durante as aulas”, afirmou.

Ao contrário de Larrissa, a estudante de análise de sistema Thaís Pereira, diz que só consegue estudar se elaborar um cronograma específico. “Durante a semana eu não tenho muito tempo de estudar, mas leio o que posso. Durante as aulas anoto em um caderno – em tópicos – tudo que preciso rever e pesquisar. Quando chega o final de semana, listo horários e metas para cumprir”, informou a estudante.

O professor Gabriel Cunha afirma que o aluno precisa ser consciente em relação à demanda do objetivo, ou seja, quanto tempo de estudo será necessário para se chegar ao resultado desejado. “Combinando a realidade do aluno a seu objetivo, é possível determinar bem os horários e a quantidade de horas dedicadas aos estudos, além da extensão dos temas trabalhados”, afirmou.

 

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