Verduras  e  frutas  ajudam  a  tratar  e  a  prevenir a doença  que  ataca,  em  especial,  os  idosos

Folhapress
Foto: Divulgação - Pixabay
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Uma dieta pobre em fibras, presentes em alimentos como folhas verdes e cereais integrais, pode aumentar o risco de diverticulite aguda. Essa doença é causada pela presença de fezes endurecidas em divertículos, que são saquinhos que podem aparecer no intestino grosso. Essas fezes geram inflamação e infecção por bactérias.

 Alerta aos idosos

Cirurgião geral e coloproctologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Paulo Bianchini afirma que mais da metade da população está sujeita a formar esses saquinhos no intestino grosso após os 50 anos de idade, por causa dos efeitos da pressão interna no órgão ao longo do tempo.

“Quando eles não estão inflamados, é doença diverticular”, diz ele. Se há inflamação e infecção, é diverticulite aguda.

Principais causas

Quem consome poucas fibras ou tem prisão de ventre está mais sujeito à doença porque as fezes ficam mais ressecadas. “Quando a consistência é mais amolecida, é mais fácil de elas saírem”, diz Bianchini.

Resultado disso é que, numa crise, a pessoa sente dor crescente no lado inferior esquerdo da barriga. “Depois de 12 horas, ou 24 horas, a pessoa não suporta mais e vai ao pronto-socorro”, diz o médico. Pode haver internação. Quase sempre a doença é tratada só com antibióticos. Cirurgias são para casos extremos. Mas uma dieta costuma ser recomendada.

 Boa alimentação

A nutricionista Gabriela Cilla, da Estima Nutrição, recomenda alimentos ricos em água e fibras como verduras (espinafre, agrião, acelga, alface), legumes (cenoura, berinjela), cereais integrais, e frutas (maçã, laranja, pera, ameixa, banana).

Segundo Cilla, é preciso beber de dois a três litros de água por dia. Ela diz que a ingestão de fibras pode aumentar o bolo fecal, e se a pessoa não estiver hidratada, cresce o risco de fezes endurecidas causarem a diverticulite aguda.

 Risco de morte

Diverticulite aguda não pede cirurgia na maioria dos casos, nem expõe o paciente a risco de morte, segundo o cirurgião geral Paulo Bianchini. Casos como o de divertículo perfurado, porém, podem levar a um quadro de infecção em todo o intestino, com possibilidade de morte. Cirurgia, porém, pode servir a quem teve mais de três crises de diverticulite.

 

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