Da redação

É bem comum encontrar quem considera ter um custo de vida alto e isso é um grande obstáculo para começar uma jornada de investimentos e realizar sonhos.

A razão é matemática: quanto mais se gasta, menos se pode poupar. Mas, para sair da média e partir para um plano efetivo de mudança, como calcular e entender o real custo de vida?

Primeiro, é necessário compreender que existem diferentes custos para cada pessoa, dependendo da situação vivida.

Cada um possui suas necessidades, como por exemplo, valores, estilos, rendas diferentes, além de viver fases distintas da vida, como a chegada dos primeiros filhos, mudança para outro país, início da vida adulta ou aposentadoria.

Em resumo, o seu custo de vida é a somatória de todas as despesas, ou seja, bens e serviços necessários para viver dentro de suas demandas.

Os gastos também são diferenciais quando colocamos em pauta a cidade em que se vive, pois entram na somatória questões mais abrangentes, como a média de valores para moradia, alimentação, transporte, saúde, lazer e bem-estar na situação determinada. Com isso, é muito comum encontrar índices e exemplos de custos de vida de algumas cidades do mundo e no Brasil.

Por exemplo: o custo de vida em São Paulo é 38% mais caro do que em Belo Horizonte. Viver no Rio de Janeiro é 18,5% mais econômico do que em Florianópolis; mas a cidade maravilhosa é 28% mais cara do que Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Para calcular o custo médio das cidades, é preciso fazer um comparativo e um cálculo individualmente da faixa etária, da renda e demais referências que são apresentadas periodicamente no mercado.

Como calcular?

Depois de entender os mecanismos da inflação e compreender que o custo de vida não é alterado, mas o poder de compra de cada indivíduo sim, temos um outro elemento para personalizar ainda mais essa análise: existe uma diferença entre despesas pessoais e inflação individual que precisa ser esclarecida.

Despesas pessoais são aquelas realizadas no cotidiano e que podem ser ocasionais ou não. É essencial que sejam anotadas e monitoradas.

Já a inflação individual é aquela que considera todos aqueles fatores relacionados anteriormente, como por exemplo, demanda e políticas governamentais, em um período determinado. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) tem um portal que permite fazer o acompanhamento de seus parâmetros.

Assim, depois de entender essa diferença, o passo seguinte é realizar o cálculo do custo de vida:

O custo de vida a ser calculado é individual, e de acordo com a vivência atual, seja em um grupo familiar, seja de forma individual.

Realize um estudo detalhado de todos os gastos envolvidos na rotina e depois separe aqueles que serão efetivamente utilizados.

Saiba entender o momento do país e quais fatores econômicos estão afetando diretamente o desempenho de seus ganhos e despesas.

Use ferramentas como comparativos e relatórios emitidos por órgãos especializados e confiáveis.

O movimento mais correto depois de descobrir seu custo de vida, é considerar quais despesas podem ser cortadas do orçamento familiar. Pequenos ajustes fazem a diferença na hora que colocamos tudo na ponta do lápis.

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