Existem teorias sobre: no começo, no meio e no fim – tudo é energia. As pessoas. As coisas. Os elementos e a natureza. Absolutamente tudo.

Essa energia compõe uma dança. Dia após dia. Segundo após segundo. E essa dança é o que move todo o universo. E isso inclui nascer – e também morrer.

Independente do credo religioso – ou da ausência dele. Essa energia é perceptível. Em muitos acontecimentos. Todos que parecem absolutamente desconexos – mas que no fim, são parte do todo.

Quando um acidente de carro acontece, por exemplo. Quando um pedaço da calota polar se desprende e forma um iceberg gigantesco. Quando mísseis são disparados e a paz mundial é posta em xeque. Quando o humor de toda uma sociedade vai se deteriorando, e as pessoas parecem cada vez menos felizes. Tudo conectado.

E nesse meio, as maternidades e casas de parto recebem milhares de crianças. Assim como os cemitérios e crematórios – também recebem os corpos de muitas pessoas.

Em alguns desses episódios a história é triste. Cheia de dor. Uma criança que deixa a Terra depois de sofrer por anos com uma doença cruel. Uma família inteira que parte, numa das curvas de uma estrada – depois de um instante de imprudência.

Existem figuras públicas que comovem dezenas de pessoas quando vão embora. Essa semana, infelizmente, tivemos a partida do deputado estadual Celso Giglio.

Doutor Celso era um homem das antigas. Quem o conheceu, sabe o que isso significa. Entre suas qualidades mais marcantes, a lealdade. Inquestionável. E tristemente, artigo raro nos dias de hoje.

Não é possível deixar de render uma homenagem humilde a este homem. Foi ele quem amparou em primeiro lugar a família que edita estes jornais, no momento que o seu fundador e patriarca também resolveu partir. Doutor Celso estava lá. E cuidou de toda parte “burocrática”. E explicou, orientou, sempre. Desde então, até a última terça-feira.

A gratidão também é uma energia. Todos os sentimentos também são energia. Mas esses, fazem parte de um tipo menos visível. Porém nada que não possa ser sentido, por todos. Absolutamente todos.

Essa Terra precisa de mais gratidão. Assim como, precisa também de mais aceitação, perdão e tantas outras ações que fazem diferenças absurdas em muitos níveis.

Os homens, as mulheres, as crianças. Os animais. As plantas. Não há quem não sofra com a energia que vem emanando na Terra. Mas um sorriso tem poderes absurdos. Assim como uma conversa sincera e desarmada.

E mais ainda, um agradecimento. Sendo assim, muito obrigada, Doutor Celso.

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