Professores explicam suas formas de ensinar e como elas contribuem para o interesse do aluno

Da Redação*
Foto: Freepiky
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Fazer com que os estudantes se sintam bem-vindos e amados. Essa é a expressão utilizada pela professora palestina Hanan Al Hroub, vencedora do Global Teacher Prize 2016, considerado o Prêmio Nobel da Educação.

Para a docente, colocar em prática a ideia de que os alunos devem ser integrados e não isolados, é um dos princípios para que a educação tenha mais qualidade. “Eu não começo com regras ou julgamentos. Eu sempre digo que são bons nisso, criativos naquilo e aponto no que precisam melhorar. Digo que vamos fazer isso juntos”, explica Hanan.

 Lugar interessante

Atuando em uma região de conflito, a professora comenta que no primeiro mês de aula dedica-se à adaptação das crianças. “Temos menos conteúdos e mais jogos, danças, esportes. Aprender tem que ser prazeroso, o elemento do divertimento deve estar presente”, ensina.

Para Hanan, a escola precisa ser um lugar interessante, que desperte a vontade dos alunos em estarem presentes. “Acredito que as escolas têm que ser como um playground – os estudantes têm que gostar de ir à escola”, defende a professora.

 Modelos que dão certo

Hanna comenta que se pedir a um aluno japonês – as escolas do Japão adoram aplicar testes nos estudantes, porque acreditam que assim eles podem provar a sabedoria que têm – para desenvolver um projeto, ele vai perguntar sobre as regras, ou seja, quer saber o caminho que leva a execução.

Já na Palestina, Hanan busca desenvolver a criatividade. “Queremos que sejam criativos e que sejam livres. Basta dar algum tempo para eles, que resolvem os desafios que são propostos de forma criativa”, explica a professora.

 

Outro exemplo de ensino eficiente é o que ocorre na Finlândia – país considerado modelo em educação. Por lá, os testes não são tão importantes e os estudantes são avaliados ao longo do ano letivo pelas diversas capacidades que desenvolvem.

 A tecnologia na educação

Alguns professores acreditam que a tecnologia não pode ocupar o lugar da socialização. Segundo Maarit Rossi, professora na Finlândia, a tecnologia é um caminho, mas não o único para auxiliar no aprendizado.

“Os estudantes são diferentes e precisam de jeitos diferentes de aprender. As crianças são sociais, gostam de vir para a escola por causa de outros estudantes. Temos que usar métodos que incentivem isso”, comenta Maarit.

Para Hanan, a tecnologia tem um papel importe no ensino, no entanto, os estudantes têm que ter as ferramentas para usá-la, mas não para ficar estacionados. “A tecnologia tem seu lugar, seu propósito e seu tempo. Os estudantes têm que usar para se conectar, para participar”, disse.

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