Motivo de queixa de metade das mulheres nos consultórios de dermatologia, segundo a SBC (Sociedade Brasileira do Cabelo), a queda de cabelos incomoda pela estética, mas deve ser vista como alerta e investigada sempre.

E quando o couro cabeludo começa a ficar aparente, é possível que seja devido a uma doença hereditária mais comum no sexo masculino, mas que também afeta as mulheres, a alopecia androgenética. Também conhecida como calvície, ela pode levar à perda total ou parcial dos cabelos e não tem cura.

“Se for diagnosticada cedo, você consegue fazer uma prevenção e diminuir essa progressão”, afirma a dermatologista Simone Neri.

 

O problema

A calvície é caracterizada pelo afinamento dos fios desde a raiz. Eles ficam mais e mais finos, até que param de nascer, deixando “buracos” no couro cabeludo.

A doença tem progressão lenta e fica mais perceptível na fase da menopausa. Mulheres com taxa baixa de ferro e de vitamina D e em processos infecciosos podem desencadear mais cedo a calvície.

“O corpo sofreu um estresse. O que ia se manifestar aos 50 anos, se manifesta aos 30”, conta Simone. “Quem tem doenças como ovário policístico pode apresentar até com 16 anos”, diz a especialista em recuperação capilar Letícia Contin.

 

Tratamento

Os principais tratamentos contra a calvície são de uso oral e tópicos, sempre indicados pelo dermatologista. Principalmente, porque muitos remédios não podem ser utilizados no período fértil.

“Os remédios são diferentes para homens e mulheres e, dependendo, você piora a queda. Tem que ver o momento a ser aplicado”, afirma a dermatologista Larissa Montanheiro.

 

Além da estética

A alopécia androgenética é uma herança que pode vir do lado do pai ou da mãe e tem uma evolução lenta, mas descuidar da alimentação e da nutrição dos fios pode piorar a doença.

“Fazer escova sempre, prender o cabelo todo dia com muita força, pode levar a uma calvície permanente”, alerta a dermatologista Letícia Contin.

Dietas muito restritivas, carentes de ferro, podem levar a queda de cabelo reversível. Só um dermatologista poder analisar e indicar o tratamento correto.

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