O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo fiscalizou almoxarifados da saúde, mais conhecidos como farmácias, de 162 municípios do Estado.

Com o objetivo de verificar as condições de armazenamento, controle, manuseio e distribuição de medicamentos nas unidades públicas de saúde, os fiscais checaram a estrutura dos ambientes, o acondicionamento dos produtos, as condições de controle na aquisição, no armazenamento e na utilização dos remédios.

 

De surpresa

A vistoria foi realizada sem aviso prévio e os resultados são assustadores, o que revela o descomprometimento dos funcionários responsáveis pelo setor.

Os fiscais encontraram margarina dentro do refrigerador de medicamentos, mofo no almoxarifado, remédio armazenado em local inadequado, fracionamento improvisado e medicamentos controlados em prateleira comum.

Além dessas irregularidades, os fiscais apontaram também que alguns prédios estavam sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e Alvará da Vigilância Sanitária, ausência de Farmacêutico Técnico, condições de higiene inadequadas, paredes com mofo e umidade e divergência na contagem física dos remédios em comparação aos registros de controle.

 

No Grande ABC

Na região do Grande ABC, apenas a cidade de São Caetano do Sul teve duas Unidades Básicas de Saúde fiscalizadas – UBS Doutor Ângelo Antenor Zambom e UBS João Bonaparte.

Segundo o TCE, de todos os dados coletados foi elaborado um relatório gerencial parcial – para divulgação das informações de interesse público – e outro relatório consolidado, com dados segmentados e regionalizados, que será encaminhado aos Conselheiros relatores de processos ligados aos órgãos fiscalizados.

“A partir deste relatório será possível traçar um mapa da situação dos almoxarifados da saúde de todo o Estado e permitir ao administrador que tome conhecimento e possa reparar possíveis falhas na gestão”, informou o Tribunal.

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