No começo desta semana foi divulgado que a partir de setembro, haverá redução em 10% do volume de água fornecido pela Sabesp à autarquia SAMA (Saneamento Básico do Município de Mauá), que não pagou nem parte de sua dívida de R$ 2,5 bilhões.

No último dia 9, o prefeito da cidade Atila Jacomussi (PSB) e o superintendente do Sama, Israel Aleixo de Melo, receberam uma notificação da Sabesp sobre a medida. Calcula-se que milhares de famílias no município serão afetadas, porém, a prefeitura não se manifesta sobre o assunto.

Na notificação, a Sabesp informa que o Sama paga valores muito inferiores ao que deveria pagar, mensalmente.

A companhia ainda criticou a administração da autarquia, alegando que a conta de água é paga pela população, mas o valor não é repassado à Sabesp.

No meio da semana, a prefeitura divulgou uma nota: “A direção da Sama e da Sabesp estabeleceram um canal de diálogo para resolver o impasse do pagamento da fatura mensal de envio de água da Sabesp para a Sama. O prazo estabelecido é de 30 dias, ou seja, vence no dia 15 de setembro. A negociação foi encaminhada em reunião realizada nesta terça-feira (15), na sede da Sabesp, entre o presidente da companhia, Jerson Kelman, diretores, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi e o superintendente da Sama, Israel Aleixo de Melo”.

Sobre o assunto, a reportagem do Jornal do Trem & Folha do Ônibus encaminhou os seguintes questionamentos para a assessoria de imprensa do município: Quantas pessoas serão afetadas pelo corte que pode acontecer a partir do mês que vem? Quais são as medidas que a prefeitura está tomando – efetivamente, além de reuniões entre as partes – para a contenção do problema diante da população? Por que a prefeitura, passados mais de 200 dias de governo, deixou a situação chegar a este ponto?

No entanto, até o fechamento desta edição, não recebemos nenhuma resposta.

 

 

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