Com a chegada do frio, aumenta o número de pessoas que procuram atendimento médico por causa dos sintomas da rosácea, uma doença que deixa a pele, principalmente do rosto, avermelhada e, dependendo da gravidade, até com inflamações.
“A rosácea não é causada pelo inverno ou verão, mas piora quando está muito frio e quando os ventos estão mais gelados”, diz Claudio Wulkan, dermatologista da Sociedade Brasileira e Americana de Dermatologia e do Hospital Albert Einstein, que aponta o abuso nos banhos muito quentes e o aumento do consumo de álcool nos dias mais gelados como fatores desencadeantes para o surgimento dos sintomas.
Tipos e cuidados
São quatro os tipos de rosácea, que tem um crescimento nos sintomas conforme a doença vai avançando. A mais grave é a ocular, que, mal cuidada, pode interferir na visão do paciente.
Por ser uma doença crônica, o paciente precisa seguir alguns passos para evitar que a doença se manifeste.
“A pessoa precisa saber o que faz com que ela tenha uma piora na rosácea e, assim, tomar medidas para evitar que os agentes se manifestem”, diz Wulkan.
Para a dermatologista Roberta Werlich, da clínica que leva o seu nome, é de fundamental importância que a pessoa com rosácea mantenha os cuidados com a pele.
“São três linhas para seguir. Primeiro, a preventiva, que é manter a pele sempre hidratada. Se pecar nessa fase, parte para o tratamento com cremes e remédios para conter a inflamação. Na terceira fase, o tratamento complementar, é usado o laser para aplicar nos pequenos vasos e diminuir os sintomas”, afirma.
Segundo a dermatologista, os sintomas acabam assustando o paciente. “Tem paciente que chega desesperado ao consultório, reclamando de queimação, de que a pele está puxando.”
