A variação de temperatura na tentativa de fugir do calorão pode trazer consequências desagradáveis para pessoas que têm tendência a quadros de amigdalite, que é a inflamação das amídalas. Isso ocorre porque o choque térmico – mudança brusca de temperatura – pode baixar a resistência do organismo e abrir portas para a entrada de vírus ou bactérias.

Esses micro-organismos podem se instalar nas amígdalas, glândulas que ficam na região da garganta e que são responsáveis por garantir as defesas do corpo.

Sintomas

Embora boa parte das pessoas com amidalite apresente sintomas por até cinco dias, outras podem ter os sinais da doença por até dez dias. Alguns dos sintomas da amidalite diminuem a vontade de fazer atividades de lazer, como nadar e brincar.

“A doença causa principalmente dor e incômodo para engolir alimentos e saliva, é acompanhada de tosse e causa formação de pontos de pus”, explica o otorrinolaringologista Cícero Matsuyama. Muitas pessoas também sentem dor de cabeça e de garganta, febre e rigidez no pescoço, sintomas que aumentam a sensação de cansaço. Podem aparecer ainda gânglios no pescoço.

Tipo de infecção

O tratamento, segundo Matsuyama, vai variar de acordo com o tipo de infecção – se é por vírus ou bactéria. “Na maioria das vezes, a amidalite é causada por infecções virais, portanto a utilização de anti-inflamatórios e antitérmicos já é suficiente para melhorar os sintomas”, afirma o médico.

No caso das amigdalites causadas por bactérias, o paciente precisa tomar antibióticos. Para saber qual o tipo de infecção é necessário procurar orientação médica.

Alerta

É importante ficar atento quando a amigdalite em crianças é recorrente porque ela pode causar outras doenças, como a apneia do sono – ela para de respirar enquanto dorme.

Crianças com apneia dormem mal e não crescem, já que o hormônio do crescimento é liberado durante o sono. Por isso, em alguns casos o médico pode recomendar a cirurgia para retirada das amígdalas.

*Folhapress

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