Apesar da possibilidade de economia, comprar um imóvel direto com o proprietário, sem os devidos cuidados, pode sair caro. “A papelada é enorme. E os documentos podem ser falsificados. É uma temeridade fazer isso sozinho”, afirma José Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho de Corretores de Imóveis de São Paulo).

Caso o vendedor tenha dívidas, por exemplo, o futuro dono pode ser despejado e perder o investimento, diz Luciano Godoy, especialista em direito imobiliário da FGV-SP.

Ele aponta que o comprador precisa checar certidões para saber se o dono do imóvel não está sendo processado na Justiça, ou corre o risco de ser considerado negligente e perder o apartamento.

Segurança

O imóvel ainda pode ter dívidas de impostos ou de condomínio. Litígios de família e disputas de herança também são comuns, bem como processos contra construtoras.

Além de pagar a conta, o novo proprietário pode ficar com o imóvel encalhado, caso tente vendê-lo no futuro. “Depois da compra, o novo dono descobre que o prédio foi mal construído e tem defeitos na obra”, diz Godoy.

Por isso, ao comprar direto com o dono é importante contratar um advogado de confiança – o serviço fica entre 1% e 5% do valor do imóvel.

Já com imobiliária, a compra é considerada mais segura, pois elas costumam ter advogados. Na etapa final, auxiliam comprador e vendedor com a checagem das certidões.

Folhapress*

Leia também