No condomínio de 11 torres em que vive a bióloga Renata Guimarães, 48, na zona oeste de São Paulo, só moradores podem usar a piscina. Porém, é comum ver pessoas de fora do prédio no local.

No portão da área de lazer, um funcionário confere os nomes dos moradores cadastrados no site do condomínio. “Mas tem gente que cadastra visitantes só para usar o espaço”, diz Guimarães. Agora, a entrada de convidados está sendo negociada.

Segundo a gerente-geral da administradora de condomínios ItaBrasil, Vânia Dal Maso, “os moradores devem decidir em assembleia se poderão levar visitantes e quantos serão”.

 

Piscina: a vilã dos problemas

Proibir convidados pode não valer a pena em prédios menores. “Às vezes, a piscina é tão pouco usada que não faz sentido ser rigoroso”, diz Luis Brancaglion, síndico de um condomínio com 80 imóveis.

Para ele, antes de fazer a instalação, é preciso avaliar bem as despesas e a perspectiva de uso do espaço. “Se eu me mudar daqui, não quero mais saber de prédio com piscina, porque só dá despesa”, diz.

No condomínio em que Fábio Vincentori é síndico, em Santo Amaro, cada um dos 208 imóveis pode levar até dois visitantes à piscina. “De vez em quando, percebemos que alguém levou um visitante a mais, mas se não atrapalha ninguém tudo bem”, comenta.

Em empreendimentos grandes, o controle de acesso é importante para evitar que a piscina fique mais cheia do que a sua capacidade, mas também é questão de segurança.

 

Acesso restrito

Quando foi síndico de um condomínio de três torres em São Caetano, Danilo da Silva criou um sistema com pulseiras e chaveiros eletrônicos para impedir a entrada de pessoas não autorizadas.

“Isso ajudou os pais a monitorar o acesso das crianças”, diz.

No caso de Renata, a presença de convidados é permitida, mas desde que haja restrições na quantidade. “Poderia ser permitido levar um amigo, mas não várias pessoas”, afirma.

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