A nova onda de profissionais que chega às empresas é menos educada, mais realista e tão exigente quanto a turma “Y” – caracterizada pelo interesse por maior autonomia no trabalho, pela baixa fidelidade às empresas e a necessidade de feedbacks constantes de seus chefes.

Enquanto os “Y” cresceram em meio ao avanço econômico dos anos 1990, a nova leva, “Z”, foi marcada pela crise de 2008 e a ascensão do terrorismo, diz Bruce Tulgan, consultor norte-americano em recursos humanos.

O resultado é uma força de trabalho mais pé no chão, cínica e desconfiada. “Eles não creem que as empresas possam dar segurança no longo prazo”, diz Tulgan, autor de “O que Todo Jovem Talento Precisa Aprender”.

Ascensão profissional

Gestores se queixam da falta de iniciativa dos jovens, que querem ser acompanhados de perto por superiores. É como se esperassem do chefe uma atitude mista entre mentor e pai.

Segundo Tulgan, muitos não têm competências comportamentais básicas, têm dificuldades para dizer “por favor” e “obrigado”, não entendem por que respeitar as regras de vestuário e passam tempo demais no celular durante o trabalho. “É um ponto cego na formação”, diz o autor.

“Muitas empresas, após a contratação, dão lições ao funcionário sobre como se conduzir em uma reunião ou se comunicar por e-mail. Basta mostrar por que isso é importante para a ascensão profissional dele e incentivar que busque isso por conta própria”, indica Tulgan.

*Folhapress

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