Folhapress

Antes da chegada dos jipinhos urbanos, vieram os carros aventureiros. A moda teve início há 20 anos, com o Fiat Palio Adventure. Hoje, as oito marcas que lideram as vendas no Brasil têm ao menos uma opção desse segmento em seu portfólio.

Ricardo Dilser, assessor técnico do grupo FCA Fiat Chrysler, explica que as diferenças dos carros de estilo aventureiro para suas versões convencionais estão na suspensão mais alta e robusta, nos adereços que remetem ao uso off-road e, em alguns casos, nos pneus.

“Antes não era possível desenvolver um carro com apelo fora-de-estrada a partir dos modelos convencionais, mas a evolução de pneus, chassis e suspensões permitiu isso, a indústria foi se especializando.”

O outro lado

Mas essas mudanças têm um preço. Além de serem mais caros, os carros aventureiros podem consumir mais combustível que suas versões mais simples. O Instituto Mauá de Tecnologia conferiu os números de alguns dos modelos mais vendidos do segmento.

O Hyundai HB20X Premium 1.6 automático (R$ 72,6 mil) percorreu, em média, 12,5 quilômetros com um litro de etanol na estrada. A versão equivalente, mas sem apelo off-road (R$ 51,1 mil) obteve média ligeiramente superior: 12,9 km/l.

No caso do Ford Ka Freestyle 1.5 automático, a vantagem da versão normal é maior. O modelo aventureiro chegou aos 100 km/h em 11s e percorreu 14,1 quilômetros com um litro de etanol. Já a versão Titanium (R$ ) registrou as médias de 11s e km/l nas mesmas provas de desempenho e consumo.

Banho de loja

O Toyota Yaris X-Way (R$ 79 mil) não tem diferença mecânica em relação às demais versões do hatch com motor 1.5 flex. O que a marca fez foi caprichar na embalagem. Há rack de teto, rodas pintadas de preto e molduras nas laterais.

O modelo de origem japonesa é uma das três novidades do segmento no primeiro semestre de 2019. Os outros lançamentos são o Renault Kwid 1.0 Outsider (R$ 43 mil) e o Fiat Argo 1.3 Trekking (R$ 59 mil).

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