Tayonara Géa
Enquanto a Reforma da Previdência está sendo discutida na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, os holofotes se viraram, durante essa semana, para algumas decisões e declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A flexibilização do porte de armas, a construção de um autódromo no Rio de Janeiro, os elogios feitos ao escritor Olavo de Carvalho e a ausência de diálogos com os parlamentares para não tirar o Coaf do ministro Sérgio Moro mostram o quão distante está o presidente das reais prioridades do país.
Um governo populista?
O Brasil têm 13 milhões de desempregados, um sistema de Saúde que não funciona, uma Educação que pede socorro – e agora enfrenta a redução de verbas para as universidades federais – e o presidente da República se mostra preocupado em adotar medidas populistas.
É dessa maneira que o cientista político, Leandro Consentino, analisa as últimas decisões de Bolsonaro. “O que se vê é um presidente perdido na noção de prioridade. Enquanto ele navega nesse populismo, os grupos ao redor batem cabeça”, analisa.
Relações estremecidas
A polêmica envolvendo os militares e os aliados de Olavo de Carvalho ganhou um novo capítulo essa semana, envolvendo o ‘guru’ de Bolsonaro e o General Eduardo Villas Bôas, assessor especial no Gabinete de Segurança Institucional.
Após ‘ataques’ nas redes sociais entre Olavo e Villas Bôas, o presidente Bolsonaro saiu em defesa do escritor, o que desagradou a ala militar e gerou um certo desconforto no governo.
“O conflito entre os Olavistas e os militares é bastante tremente, levando a crer em uma difícil pacificação entre esses grupos”, falou Consentino.
Já a Reforma da Previdência…
…Segue sendo discutida na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Na última quarta-feira, 08, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o projeto dizendo que “a velha Previdência é um regime condenado à falência”.
Para o cientista político, Guedes tem feito o seu papel, de defender a reforma. Porém, faz uma crítica no que tange à postura de Bolsonaro.
“A proposta deveria ser defendida fortemente pelo presidente, mas que neste momento está flertando mais com o populismo”, comenta.